O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, compartilhou nas redes sociais na terça-feira, 5, o novo mapa do país, que inclui a anexação de Essequibo, território da Guiana que os venezuelanos estão reivindicando. Ele ordenou a distribuição imediata do novo mapa em escolas, colégios, conselhos comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e lares de todo o país. Essa ação ocorre após Maduro informar a aprovação de um referendo para a anexação de Essequibo, e também ordenar que empresas estatais iniciem a exploração de petróleo na área ao redor do rio Essequibo, território disputado com a Guiana.
O presidente da Guiana, Irfaan Alí, reagiu afirmando que as declarações de Maduro são uma "ameaça direta" contra seu país. Alí rejeitou as medidas anunciadas por Maduro e anunciou que levará o assunto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ele também entrou em contato com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o Comando Sul dos Estados Unidos para informá-los sobre a situação.
Venezuela e Guiana disputam há mais de um século o território de Essequibo, uma região de 160 mil km² rica em petróleo e minerais. A disputa foi intensificada após a descoberta de grandes reservas de petróleo na região. A Guiana concedeu licenças para empresas petrolíferas, incluindo a Exxon e a TotalEnergy, explorarem suas costas, o que gerou protestos da Venezuela e a convocação do referendo por Maduro. As tensões aumentaram com a decisão de Maduro de explorar petróleo na área contestada e suas medidas para anexar Essequibo. A Guiana, por sua vez, defende as concessões petrolíferas e busca o apoio internacional para resolver a disputa, incluindo a intervenção da ONU e dos Estados Unidos.
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