Feira reforça ações de combate ao mosquito Aedes aegypti com a proximidade do verão

Fotos: Renata Leite

Com a proximidade do verão, período marcado por calor e chuvas, a Prefeitura de Feira de Santana intensificou as ações de prevenção ao Aedes aegypti. Diariamente, os agentes de combate às endemias saem às ruas percorrendo os bairros para visitar as residências e estabelecimentos com um único objetivo: proteger a saúde dos moradores eliminando possíveis criadouros. 

Eles observam vasos de plantas, calhas, tanques e caixas d’água, se atentam e vasculham cada cantinho dos quintais onde pode ter recipientes ou algum local que possa acumular água e servir de abrigo para o mosquito.

As altas temperaturas e o aumento da umidade favorecem a reprodução do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, exigindo atenção redobrada também da população.

Moradora do bairro Ponto Central há mais de 20 anos, dona Gracineide Pereira da Silva reconhece a importância de abrir a porta de sua casa para receber a visita dos agentes. “É bom que verifiquem se tem algum foco da dengue. Esse trabalho é importante para a saúde da gente”, diz.

Atuando na profissão há 28 anos, Marineide Coelho explica que esse trabalho é contínuo e exige atenção a cada detalhe. “Saímos de segunda a sexta-feira para visitar as residências e com uma missão: 

eliminar os focos do mosquito e passar orientações aos moradores. Vasculhamos cada cantinho para ver se há possível foco do mosquito e também colocamos larvicidas onde há água parada”, cita.

PROTEGER VIDAS

Com 28 anos de experiência na área, o agente de endemias Barnabé Serafim dos Santos destaca que o período de calor e chuvas exige ainda mais atenção. “Essa é uma época perigosa, porque o mosquito se multiplica rápido. Precisamos estar atentos eliminar qualquer recipiente que acumule água. O Aedes aegypti está cada vez mais adaptado, por isso o trabalho e cuidados devem ser constantes”, alertou.

Segundo a coordenadora do Centro Municipal de Endemias, Priscilla Soares, o trabalho dos agentes segue as novas diretrizes nacionais para 2026, com foco nos bairros considerados em situação de maior risco, classificados como de “estado vermelho”. 

“Estamos priorizando áreas que apresentaram índices positivos no último Levantamento de Índice Rápido (LIRAa), como Parque Ipê, Cidade Nova, CIS Norte e Tomba. O objetivo é reduzir o índice de infestação no levantamento de novembro”, afirma. 

De janeiro até o dia 29 de outubro, Feira de Santana contabilizou 193 casos confirmados de dengue, dos quais 32 apresentaram sinais de alarme e um evoluiu para forma grave. Houve um óbito confirmado pela doença neste ano. Em comparação ao ano passado houve queda expressiva - foram 16.939 notificações e 7.034 casos confirmados até outubro.

Ainda conforme a coordenadora, os agentes de combate às endemias realizam o trabalho focal — que inclui a coleta de larvas, aplicação de larvicida e eliminação de criadouros —, além das ações de bloqueio, com pulverização e uso de inseticida em locais onde há notificações de casos ou óbitos.

Priscilla reforça que a colaboração da população é essencial para o sucesso das ações. “O trabalho do agente de endemias não é suficiente se não houver a participação da comunidade. Cada morador precisa fazer a sua parte, eliminando a água parada e mantendo os quintais limpos”, pontua.