O futebol é uma paixão nacional, mas também um dos esportes com maior risco de lesões ortopédicas — especialmente as que envolvem o ligamento cruzado anterior (LCA), estrutura essencial para a estabilidade do joelho. De acordo com o ortopedista Marcus Preti, do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém, a combinação de arranques, giros rápidos e contato físico intenso torna o esporte um campo fértil para traumas dessa natureza.
“Essas lesões são comuns porque o futebol exige mudanças bruscas de direção, impulsos e travamentos. Isso sobrecarrega o joelho e pode resultar em ruptura do ligamento”, explica o especialista.
O ortopedista destaca que o perfil dos atletas amadores é diferente dos profissionais. “Os jogadores profissionais contam com preparação física adequada, acompanhamento médico e programas de prevenção. Já os amadores, em geral, jogam sem suporte, o que aumenta o risco de lesões graves”, afirma.
Os sinais mais comuns de lesão do LCA são um estalo audível no momento da torção, dor intensa, inchaço rápido e dificuldade para andar. Quando o diagnóstico é confirmado, o tratamento varia de acordo com a gravidade. “No Galileu, oferecemos desde o acompanhamento fisioterápico até cirurgias modernas de reconstrução ligamentar, sempre com foco na recuperação funcional e segura do paciente”, explica Marcus Preti.
A recuperação após a cirurgia pode levar de seis a doze meses, dependendo da resposta individual. Durante esse período, a fisioterapia tem papel fundamental. “Ela é essencial para recuperar a força, o equilíbrio e prevenir novas lesões. O retorno precoce ao esporte, sem a devida reabilitação, pode comprometer o resultado e causar novas rupturas”, alerta o médico.
Como medida de prevenção, o ortopedista recomenda fortalecer os músculos das pernas, respeitar os limites do corpo e buscar orientação de profissionais de saúde e educação física. “Cuidar da estrutura muscular é o primeiro passo para evitar lesões sérias. E, em caso de dor ou instabilidade, o ideal é procurar um especialista o quanto antes”, orienta.
Perfil
O diretor executivo do Hospital Galileu, Cledes Silva, reforça o papel da unidade como referência em ortopedia no Pará. “O Galileu é uma referência em saúde ímpar. Apresentamos índices de satisfação próximos de 100% e somos acreditados com excelência pela ONA, nível 3, o que reconhece nossa segurança assistencial, gestão integrada e qualidade administrativa. Oferecemos um atendimento humanizado e seguro, sendo resultado do empenho diário dos nossos profissionais”, afirma.
Cledes Silva explica ainda que o Hospital Galileu não é uma unidade de porta aberta, ou seja, não realiza atendimentos de urgência e emergência. “Nosso perfil é de referência/ retaguarda ortopédica. Recebemos pacientes encaminhados de outras unidades hospitalares, via sistema da Central Estadual de Regulação. e realizamos procedimentos especializados”, detalha.
Serviço:
Localizado na Avenida Mário Covas, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) é uma unidade do Governo do Estado, sob gerência do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
A unidade dispõe de 104 leitos de internação e oferece cirurgias em fraturas de baixa e média complexidade. São realizados no HPEG procedimentos em fraturas diafisárias da tíbia, fraturas distais do antebraço e da mão, além de tratamentos para osteomielite crônica e aguda.
O hospital também mantém serviços de reconstrução e alongamento ósseo, cirurgias de traqueia e urológicas, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.
Texto de Roberta Paraense
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