A Secretaria de Estado da Saúde (SES) recebeu, nessa segunda-feira (20), a visita técnica da equipe do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e outras Doenças Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde. O encontro teve como objetivo discutir e avançar na certificação do “Selo Prata” de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas, reconhecimento que busca incentivar estados e municípios que alcançaram metas de eliminação dessas doenças infectocontagiosas. A agenda continua nesta terça-feira (21), com visitas técnicas às unidades de referência da rede estadual.
Serão visitados o Complexo de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga e o Hospital da Mulher de João Pessoa, além do Serviço de Atenção Especializada Materno-Infantil (SAE-MI) do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), também na capital, que realiza o acompanhamento especializado e integral para gestantes, parceiros, bebês e crianças expostas ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
A Paraíba está inscrita para a certificação e está recebendo a visita da equipe do Dathi, que realiza uma avaliação detalhada dos indicadores do estado em quatro eixos principais, sendo eles: programas e serviços de saúde; vigilância epidemiológica e qualidade dos dados; capacidade diagnóstica e qualidade dos testes; e direitos humanos, igualdade de gênero e participação da comunidade.
De acordo com a chefe do Núcleo de ISTs/Aids da SES, Joana Ramalho, a visita representa um momento importante de reconhecimento e aprendizado. “É uma oportunidade de mostrar os avanços que o estado conquistou na assistência, vigilância e no cuidado às gestantes e recém-nascidos, além de identificar pontos que ainda podem ser aprimorados. Nosso objetivo é seguir garantindo uma atenção cada vez mais qualificada e humanizada para alcançar a eliminação da transmissão vertical do HIV e outras ISTs”, afirmou Joana.
O Governo da Paraíba, por meio da SES, vem intensificando, nos últimos anos, as ações de prevenção da transmissão vertical do HIV, como a qualificação dos profissionais da Atenção Primária para o cuidado às gestantes com HIV, o apoio para a vinculação das gestantes aos serviços de referência para o cuidado oportuno, além do monitoramento dos casos nos sistemas de vigilância. Também é realizada, de forma contínua, a qualificação das maternidades para atualização dos protocolos de prevenção, bem como o monitoramento dos casos de sífilis e a promoção da educação em saúde a partir do olhar da vigilância.
Para a gerente operacional de Condições Crônicas e ISTs da SES, Ivoneide Lucena, a visita reforça o compromisso do Estado em avançar nas políticas de eliminação da transmissão vertical. “A Paraíba vem fortalecendo, ao longo dos últimos anos, ações integradas e estratégicas para reduzir a transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B. Essa certificação é o reconhecimento do trabalho coletivo de todos os profissionais e setores envolvidos na rede de atenção à saúde”, destacou.
Desde 2019, a Paraíba conta com o Comitê Estadual de Investigação da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis, que atua de forma integrada com gerências, entidades e setores estratégicos, discutindo e planejando as principais ações voltadas à eliminação da transmissão vertical dessas doenças no estado. O Comitê reúne representantes das áreas de Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Saúde do Homem e Atenção Primária à Saúde, além da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa e de convidados de instituições parceiras, como laboratórios, ONGs e outros segmentos.
Além da visita à SES e de reuniões com setores estratégicos, o primeiro dia da agenda também contou visitas ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB), a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e ao Consultório na Rua da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa.
O próximo passo consiste na avaliação da Comissão Nacional de Validação (CNV), coordenada pelo Dathi, que analisará os relatórios produzidos pelas equipes que realizam as visitas técnicas nos estados e municípios candidatos à certificação. A avaliação considera critérios, indicadores e metas de impacto e processo, e a decisão de aprovar ou reprovar é tomada com base no relatório final de visita.
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