O ambiente escolar já teve fundamental importância na formação de jovens e expressivas lideranças políticas brasileiras, o que deixou de acontecer após a chamada Revolução de 1964, ou o golpe militar, como bem observa o presidente da Fundação Egberto Costa, o ex-vereador Antônio Carlos Coelho, egresso do meio estudantil, muito jovem, quando ingressou na política partidária nos anos 60. É o que diz também o vereador José Carneiro Rocha, como ele, oriundo dos bancos escolares.
Na década de 1960, a juventude estudantil voltava-se para o esporte, os bailes escolares, o teatro, o cinema, dentre outras atividades, mas uma grande parcela demonstrava profundo interesse pela política, e isso era expresso através dos grêmios estudantis, que possibilitavam o conhecimento do processo nas disputas eleitorais para a formação de diretorias dessas agremiações. Os dirigentes tinham planos e procuravam executá-los conforme o anunciado, tendo na oposição o acompanhamento e julgamento de suas ações.
Havia associações estudantis de nível estadual e nacional congregando as municipais. Em Feira de Santana, três instituições do gênero se destacaram muito, contribuindo para o surgimento de uma nova casta de políticos: na Escola Normal, o Grêmio Estudantil Arlindo Barbosa (homenagem ao capitão do Exército Arlindo Barbosa, herói da II Guerra Mundial e que, nesta cidade, foi professor de Educação Física); no Colégio Municipal, o Grêmio Francisco Pinto (foi deputado federal de enorme prestígio e prefeito de Feira de Santana); e, no Instituto de Educação Gastão Guimarães, o Grêmio Dival Pitombo (odontólogo, professor e intelectual, grande incentivador das atividades culturais).
Dos debates e lides dos estudantes secundaristas da Escola Normal (Grêmio Arlindo Barbosa) notabilizaram-se jovens que alcançaram o grau universitário, destacando-se na medicina, engenharia, economia, direito, literatura, dentre outras atividades e no empreendedorismo. Nessa vasta relação, oriundos das salas escolares, destacaram-se também políticos que iriam ocupar cadeiras na Câmara de Vereadores, dando ao Legislativo Municipal uma visão mais abrangente e enérgica do trato político diário, como: Antônio Carlos Coelho, Celso Ribeiro Daltro, Nilton Bellas Vieira (Dega), Adessil Fernandes Guimarães, Hosanaah Leite, Francisco Ferreira de Almeida (Chico Caipira), Jaime Pinheiro e Jaques Pinheiro, dentre outros.
Ao assumir a Prefeitura de Feira de Santana em 1963, o advogado Francisco José Pinto dos Santos (MDB), reconhecendo a capacidade política de jovens estudantes feirenses, nomeou vários deles para cargos no seu governo. Da sua gestão fizeram parte Celso Daltro, Hosanaah Leite, Nilton Bellas Vieira (Dega) e Antônio Carlos Coelho, que reputa a extinção dos grêmios estudantis pelo governo militar um dano muito grande para a política nacional e, em particular, para Feira de Santana. Lembra que existia a Associação Feirense dos Estudantes Secundários (AFES), que congregava a classe, estimulando a prática da política estudantil.
Para Antônio Carlos Coelho, houve uma visível queda de qualidade no exercício da política partidária nacional, como reflexo natural do afastamento do estudante. Observa que, no atual quadro legislativo da Cidade Princesa, apenas um dos 21 vereadores é originário da política estudantil pós-ditadura: o competente José Carneiro Rocha, cumprindo o seu sexto mandato. José Carneiro começou na política estudantil em 1981. Em 1996, candidatou-se a vereador pela primeira vez pelo PSC, obtendo 1.555 votos. Todavia, viria a se eleger com 2.688 pelo PT do B em 2000. José Carneiro teve intensa participação na política estudantil, a ponto de presidir os grêmios livres (surgidos após o período militar) dos quatro principais estabelecimentos da rede pública: Escola Normal, Assis Chateaubriand, Colégio Municipal e Instituto de Educação Gastão Guimarães.
Ele concorda com Antônio Carlos Coelho em referência ao enfraquecimento qualitativo da política partidária sem a presença estudantil. Observa que, nos últimos pleitos em Feira de Santana, não tem sido registrada a participação de qualquer nome relacionado à política estudantil, o que é lamentável, diz. José Carneiro Rocha aparece no cenário atual da política local como o único integrante da Câmara Municipal surgido diretamente no ambiente estudantil.
Por Zadir Marques Porto
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