A escola estadual Prof.ª Placídia Cardoso, em Belém, realizou um ciclo de debates sobre mulheres nas ciências, durante os dias 27, 28 e 29 de março. As palestras estão em consonância com os objetivos da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que tem a finalidade de estimular debates acerca do papel da mulher na ciência e despertar o interesse de meninas em todas as áreas das ciências, tecnologias e inovações.
O projeto da escola contou com o apoio do do Ministério das Ciências, Tecnologias e Inovações (MCTI) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e discutiu temas como feminicídio, gênero e protagonismo político feminino, além da importância social do feminismo, empoderamento feminino e o lugar da mulher nas ciências.
Os alunos estudaram sobre a vida e obra da escritora Eneida de Moraes, da médica Bettina Ferro, da socióloga Marielle Franco, da escritora Djamila Ribeiro e das feministas francesas Olympe de Gouges e Simone de Beauvoir. Depois fizeram apresentações para as turmas do ensino médio. “Nosso objetivo foi trazer à tona, para nossos alunos do ensino médio, temáticas que são relacionadas às mulheres, a sua produção científica, sua vida, sua biografia, como se colocam no meio acadêmico, para estimular as meninas a participarem e fazer com que os meninos entendam a importância das mulheres ocuparem esses espaços sociais, não só na escola, mas na sociedade de forma geral. A mulher pode sim ocupar qualquer espaço”, disse a professora de história, Renata Farias.
O trabalho da estudante Natalia Rodrigues apresentou Marielle Franco e sua importância para a luta política e antirrascista no Brasil. “Tive o prazer de falar sobre a Marielle Franco que foi socióloga, ativista, que lutava contra o racismo, pela defesa dos direitos humanos. Foi muito enriquecedor. Pude me aprofundar na história dela e fiquei admirada por todas as coisas que ela fez e enfrentou, desde que precisou administrar trabalho, estudos e maternidade. Fiquei muito triste pelo fim que teve, com a vida interrompida aos 38 anos”, comentou.
Sâmia Maffra (Ascom Seduc)
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