Quando alguém me diz que falaram, disseram ou que ficou sabendo que alguém acha isso ou aquilo de mim, eu interrompo.
Não ligo, não tenho tempo e não tenho paciência.
Por uma questão de temperamento, eu não ligo para o que falam a meu respeito, o que é óbvio pelo que eu escrevo.
Mas, no meio da interrupção, o fofoqueiro disse que me chamaram de fascista.
Foda-se., respondi educadamente.
Vamos lá...
“Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado.”, Benito Mussolini.
Ser fascista é ser a favor da presença do estado em tudo. Na economia, na educação, na produção, na vida.
O ponto é que eu sou Libertário.
Eu defendo o fim da ideia de estado (pois o estado não passa disso, uma ideia).
Não há como um Libertário ser fascista.
Quem me chama de fascista comete um erro de contradição?
Eu entendo que não existem contradições. Quando há uma aparente contradição, deve-se voltar à premissa e analisar o resultado, pois um dos dois está errado.
Um homem honesto roubou, uma pessoa sincera mentiu, um amigo fiel traiu?
Desculpe lhe dizer, mas o homem não é honesto, sinceros não mentem e o traidor não é seu amigo.
Minha lógica é dura? Sim, mas é real.
Quem afirma que um Libertário é fascista não faz a menor ideia do que seja Libertarianismo e nem fascismo, pois quem defende a presença do estado em tudo e pensa no coletivo acima do indivíduo está muito mais próximo do fascismo do que imagina.
Mas, sim, tenho um fortíssimo viés Conservador.
Ser Conservador não é ser controlador ou coisa que o valha, é simplesmente ter a noção de que nós não sabemos como viemos parar aqui, para onde vamos e se vamos.
Logo, é prudente ser humilde.
O Conservador sabe que muito provavelmente tudo o que ele pensa e escreve foi pensado e escrito por outras pessoas antes dele e provavelmente de maneira melhor.
Conservadorismo tem relação com ceticismo e, sim, quanto a mudanças, sou cético e prefiro que sejam aos poucos e evolutivas, pois sei que as revoluções são trágicas e a História mostra isso.
O fofoqueiro, na sanha de falar, disse alguma coisa sobre Paulo Freire...
Vamos seguir...
Eu li Paulo Freire e sua doutrina, grosso modo, via a educação como forma de liberdade (o que é um erro de premissa, pois não há como haver liberdade em sistemas baseados no coletivismo) através da doutrinação. Portanto, a preocupação primordial de Paulo Freire era doutrinar.
Vou repetir: eu li Paulo Freire. Você que me criticou tem todo direito do mundo de discordar de mim, mas a minha pergunta é: você leu Paulo Freire?
Duvido.
Por que duvido?
Porque eu li muito, eu leio muito e eu estudo muito.
Eu duvido que vocês que me criticam leram Paulo Freire, Marx, Mises, Rousseau, Bastiat, Rothbard, Burke, Hoppe.
Duvido!
Se leram, vamos debater.
Quanto à educação do Brasil, sim, eu entendo que a educação é um horror e, sim, entendo que a maioria dos professores, com raras exceções, é composta por pessoas que foram alunos medíocres e se isso lhe incomoda tanto, é porque muito provavelmente você foi e é medíocre.
Quanto à classe privilegiada e às doutrinas de esquerda, todo coletivista, socialista e/ou comunista deveria, antes de abrir a boca ou escrever alguma asneira, assumir as mais de 100 milhões de mortes que suas doutrinas causaram ao longo do século XX e nesse ponto não se trata de uma opinião, mas de um fato histórico.
Outro fato histórico é que a humanidade sempre foi miserável, viveu pouco e mal e nada combateu mais a miséria do que o Livre Mercado e, novamente, isso não se trata de uma opinião, mas de um fato histórico.
Não foram as doutrinas coletivistas que tiraram as pessoas da miséria, foi o Livre Mercado.
Você não gostou de ler isso?
Então seu problema não é comigo, seu problema é com a realidade e talvez esse seja o grande problema de esquerdistas.
Nós, Libertários, Liberais e Conservadores, enxergamos o mundo em concreto; já esquerdistas, como lhes falta repertório, leitura, estudo e lhes sobra preguiça, pensam no mundo em abstrato...
O problema é que a realidade existe.
Você pode negar a realidade, mas não as suas consequências.
Enfim, é isso.
A quem quiser debater, por favor, sinta-se à vontade.
Não me leve tão a sério, não sofra tanto.
Isso é frescura.
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