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Incorporadora ecológica promove obra de artista na Bienal de SP

Com apoio da Alphaz Concept, Andrey Guaianá Zignnatto levará para a Bienal, na sexta-feira (27), uma obra que discute a relação entre a população u...

25/05/2022 às 10h16
Por: Redação Osasco Fonte: Agência Dino
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Foto: Reprodução
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A Alphaz Concept, incorporadora brasileira que executa projetos de arquitetura com responsabilidade ecológica, está promovendo e patrocinando a 13ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. Considerada um dos 3 principais eventos de arquitetura do mundo, neste ano a Bienal pretende estimular reflexões sobre os espaços contemporâneos enquanto desdobramento de eventos do passado.

A incorporadora, que atua com arquitetos renomados como Silvio Oskman, está fomentando o debate sobre construções sustentáveis e por isso levará até o evento um de seus mais recentes parceiros: o artista Andrey Guaianá Zignnatto. Indígena de etnia Tupinaky’ia da família Guaianá e Guarani, ele também é professor de artes visuais e ativista de projetos sociais.

Tendo trabalhado como ajudante de pedreiro dos 10 aos 14 anos, Zignnatto considera que essas memórias afetivas e ancestrais formam a base dos métodos que ele utiliza para produzir as peças artísticas. No evento será exposta a obra “Robá”, que em tupi-guarani significa “amargo”.

“Ela é uma instalação artística que usará restos de uma oca que foi atingida durante um incêndio na Reserva do Jaraguá, em São Paulo, onde habita uma comunidade com cerca de 3 mil indígenas da etnia Guarani Mbya. "Nos últimos anos tivemos vários incêndios que atingiram as aldeias, então a ideia é remontar uma das ocas com o resto que sobrou das queimadas”, explica.

Zignnatto pontua que a sua criação formará uma espécie de sala para abrigar outros trabalhos dentro, incluindo uma rede formada por luvas de carregadores de tijolos e uma carteira escolar com uma folha simulando um papel de caderno, mas desenvolvida com cerâmica.

O artista afirma que "Robá" pretende discutir a relação entre a população urbana e os povos indígenas que vivem próximos das grandes cidades, como os Guarani Mbya. Ele sustenta que há um conflito entre as tradições e modos de vida dos povos originários e dos habitantes urbanos.

“São Paulo é uma gigante com uma cultura própria e muito diferente da dos indígenas. E parte porque a cultura urbana é estabelecida através de contratos sociais, enquanto na indígena as relações se constroem através de questões afetivas e familiares. O trabalho tem o objetivo de discutir esse contraste”.

A 13ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, que é realizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB Brasil), tem início em 27 de maio de 2022 e segue até 17 de julho no SESC Avenida Paulista e Centro Cultural São Paulo. A obra de Andrey Zignnatto será exibida no Centro Cultural São Paulo, a partir do dia 06 de junho, que fica localizado na Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, no cruzamento entre as avenidas Paulista e 23 de maio.

 

Arquitetura, arte e sustentabilidade

Zignnatto também compõe seus trabalhos a partir de elementos que remetem à sustentabilidade. Esse foi um dos aspectos que chamou a atenção da Alphaz Concept para trabalhar em parceria com o artista.

“A união entre arquitetura, meio ambiente e ecologia é essencial a partir do momento que entendemos que os empreendimentos onde vivemos, trabalhamos e passamos boa parte da vida também fazem parte da natureza. Por isso é tão importante pensarmos nessas construções de ponta a ponta, para garantir que todo o processo não afete os ecossistemas que vivemos”, defende Luigi Scianni Romano, sócio-fundador da Alphaz Concept.

“A Robá tem esse apelo ecológico porque é completamente possível falar sobre estilo de vida e sustentabilidade na mesma conversa”, lembra Zignnatto.

A 13ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo traz essa discussão mais forte do que nunca e tem na Ecologia um dos de seus eixos em 2022. Os organizadores salientam que além de promover trabalhos que reconstruam temporalidades e levantamentos coletivos de memórias apagadas, o evento pretende abordar e fazer refletir sobre o planejamento de cidades atentas ao equilíbrio ambiental e ao desenvolvimento de atividades produtivas.

Nesse sentido, a bienal quer mostrar como é possível ressaltar projetos voltados para a qualidade de vida da população a partir de temas como mudanças climáticas, cidades de baixo carbono, agricultura urbana e segurança alimentar.

 

Projeto artístico e ecológico

A Alphaz Concept dá vida ao propósito de unir arte, arquitetura e ecologia em empreendimentos como Clube Arte. Concebido como um “museu a céu aberto”, ele está sendo construído em Passa Quatro (MG), na Serra da Mantiqueira, terá residências ecologicamente corretas e contará com a exposição de obras artísticas exclusivas.

Além de Zignnatto, o empreendimento terá trabalhos – com curadoria de André Weller – de talentos como Eduardo Coimbra, Raul Mourão e Iole de Freitas, artista que possui obras no Museu do Açude (Rio de Janeiro), Museu do Bronx e do Brooklyn (Nova Iorque) e na National Gallery (Canadá).

Outro destaque do Clube Arte será a presença de uma Casa de Tropeiro – construção centenária e muito tradicional na região – revitalizada. Os responsáveis pelo projeto de restauração são o arquiteto Silvio Oskman, especializado em patrimônio, e Iole de Freitas.

Seguindo a missão da Alphaz Concept, as casas do condomínio utilizarão materiais reutilizados como tijolos ecológicos, madeira de reflorestamento e terá soluções como sistemas de energia fotovoltaica, biodigestor para tratamento de esgoto e reaproveitamento de águas da chuva.

Lais Ribeiro, top model brasileira de 32 anos, é uma das embaixadoras do Clube Arte e terá uma residência no empreendimento – que deve ficar pronto ainda em 2022.

“A arquitetura sustentável não é apenas promotora de um estilo de vida que tenta garantir um convívio mais harmônico com a natureza, mas também um equilíbrio nas relações com povos tradicionais como os indígenas. Aplicada a esse contexto, a arte ainda consegue impulsionar discussões e reflexões sobre as formas que estamos vivendo e consumindo”, finaliza Romano.

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