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Primeiro dia do Festival Ler e Brincar une desde cultura indígena até a valorização da representatividade na infância
O movimento que teve início na manhã desta quinta-feira (9) foi até o final da tarde, com muitas atrações para o público infantil na Biblioteca Cen...
10/10/2025 00h31
Por: Redação Osasco Fonte: Secom Bahia

O movimento que teve início na manhã desta quinta-feira (9) foi até o final da tarde, com muitas atrações para o público infantil na Biblioteca Central do Estado da Bahia. Brincadeiras interativas, histórias e interação marcaram o primeiro dia do Festival Ler e Brincar, que acontece até sábado (11), com uma programação que tem como um dos principais objetivos, promover através da ludicidade, o prazer pelo livro e a leitura entre as crianças.

A programação agradou não somente o público infantil, que cantou, dançou e aprendeu, mas também os pais presentes, a exemplo de Joselia Sena, pedagoga que acompanhou a filha Maria Cecília, durante a contação de histórias e brincadeiras dos povos indígenas Kariri Xocó com a escritora Denízia Kawany Fulkaxó.

“Estou com a família completa aqui, acompanhando e aprendendo um pouco mais sobre a cultura indígena, da nossa história e as raízes do Brasil. Trouxe a minha filha para ela conhecer a biblioteca e proporcionar experiências além das telas, numa geração dominada pelo estímulo virtual. Isso aqui é riquíssimo, pois ler faz parte do conhecimento que ninguém vai tirar dela. A organização está de parabéns.”, pontuou Joselia.

Uma das homenageadas do Festival Ler e Brincar, a pesquisadora, educadora e pianista Lydia Hortélio, que dedica-se à pesquisa etnomusical da cultura de infância, baseando-se nas cantigas que acompanham o brincar das crianças, especialmente no interior do Brasil, destacou:

“Eu vejo com muita alegria esse festival e essa homenagem. A criança tem uma cultura e quais são os fatos culturais da infância? Os brinquedos de crianças, infinitos em cada cultura, inclusive em nosso país. Eu vejo como uma tarefa extraordinária se dedicar a isso, saber como pensam e sentem os meninos no mundo. Incentivar toda a capacidade da criatividade deles num espaço como esse”.

Através da dinâmica com um espelho, a escritora Débora Maria contou a história do livro “Eu amo meu black”, que ensina sobre representatividade, amor, identidade e resistência, mensagem que a autora resume como: “É pra dizer, com todas as letras, nosso cabelo é lindo, sim!”.

E essa foi a história preferida de Maria Flor Vieira, de seis anos, que se identificou e disse: “Hoje eu brinquei muito e achei interessante poder me ver no espelho, na contação Eu amo meu black. Eu estou gostando muito das contações, eu gosto de feiras literárias, participei da Flipelô e as minhas escritoras preferidas são Emília, Renata Fernandes, Denizia e Débora Maria.”.

A programação da quinta (9), contou ainda com diversas atividades culturais, e participação dos escritores Marta Caldas e a contação ‘A Festa dos Números’, Um encontro no Sitio que sonhamos, com Ana Fátima e Anderson Shon e um Bate-papo com os jovens escritores baianos Luiza Meireles, Maurício Akin e Yale Tárique, sobre ‘Crianças que escrevem brincam de criar histórias’.

Ainda durante o evento, aconteceu a dinâmica do Leve e Leia, com quiz de perguntas e respostas e doação de livros.

O Festival Ler e Brincar é uma iniciativa da Fundação Pedro Calmon, unidade da Secretaria de Cultura da Bahia, e a programação continua na sexta-feira (10), com Renata Fernandes conta e brinca com: A lagartixa com cara de Salsicha; Peça teatral: O brincoder de Pepe; Lançamento do livro “Oxalá, o Grande Pai que Olha por todos”, com Vovó Cici e Ricardo Ishmael brinca de ler “Quinca no Mundo da Lua”.

Fonte: Ascom/FPC