
O Brasil, detentor de uma das maiores riquezas geológicas do planeta, se consolida como potência mineral, impulsionando a economia nacional e atraindo investimentos estrangeiros. Com um território de dimensões continentais e diversidade geológica estratégica, o país se torna cada vez mais atrativo para investidores internacionais interessados em suprir a demanda crescente por minerais críticos, fundamentais para indústrias de alta tecnologia e energias renováveis.
A advogada Lia Noleto de Queiroz defende a necessidade de modernizar a legislação, assegurando segurança jurídica, transparência e governança para que a mineração continue a prosperar sem comprometer o futuro. "A atividade, fundamental para a geração de empregos e renda, deve coexistir com a responsabilidade ambiental, uma urgência reforçada pelas tragédias de Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Esses episódios revelaram fragilidades no sistema e reforçaram a importância de uma fiscalização rigorosa, com a adoção de tecnologias inovadoras na construção e operação de barragens de rejeitos", ressalta.
"A mineração é estratégica para a economia brasileira, mas seu futuro depende de um novo pacto regulatório. Precisamos de um Código de Mineração moderno, que combine inovação, sustentabilidade e transparência, assegurando segurança jurídica para investidores e benefícios concretos para as comunidades. Só assim conseguiremos transformar a nossa imensa riqueza mineral em um motor de desenvolvimento compartilhado e duradouro", completa a especialista em Direito Minerário.
De acordo com Lia, a governança e a transparência são pilares para o crescimento sustentável da mineração. Nesse contexto, a atuação da Agência Nacional de Mineração (ANM) é central. "Uma agência eficiente e clara em seus processos fomenta segurança jurídica, atrai investidores e reduz a burocracia, ao mesmo tempo em que combate a mineração ilegal. A simplificação regulatória pode ainda favorecer pequenas e médias mineradoras, promovendo conformidade, ética e competitividade", complementa.
Com faturamento de R$ 270,8 bilhões em 2024 — alta de 9,1% em relação ao ano anterior —, com o minério de ferro representando 60% desse montante, o setor mostra sua força. Ainda assim, o Brasil precisa avançar na criação de um novo Código de Mineração, que garanta inovação, sustentabilidade e transparência. "O fortalecimento do marco regulatório e da atuação da ANM permitirá que o país deixe de ser apenas exportador de commodities brutas e passe a agregar mais valor ao beneficiamento de minérios, ampliando sua participação no PIB e fomentando o desenvolvimento regional", destaca.
Lia alerta que, mais do que uma questão de leis, o futuro do Direito Minerário no Brasil é uma questão de valores: como transformar a mineração em vetor de desenvolvimento sustentável, capaz de enfrentar desigualdades regionais, respeitar o meio ambiente e construir um legado de prosperidade e responsabilidade para as próximas gerações.
Sobre Lia Noleto de Queiroz
Lia Noleto de Queiroz é advogada há 22 anos, consultora jurídica com foco em processo legislativo e construção de políticas públicas, e mestre em políticas públicas e governo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Amazonas Ipaam segue até 21 de novembro com ações de educação ambiental em escolas de Canutama Meio Ambiente Parque do Cocó terá apresentações musicais e circenses no Vem Pro Parque deste fim de semana O Parque Estadual do Cocó será palco de muita música e arte circense neste sábado (15) e domingo (16), dentro da programação gratuita do Vem Pro Pa...
Piauí Piauí desponta entre os estados mais transparentes do país no combate ao desmatamento Meio Ambiente Previsão do tempo para Minas Gerais nesta sexta-feira, 14 de novembro Boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)
Piauí Semarh fortalece comitês e leva consciência ambiental para escolas do Piauí
Meio ambiente Governo emite licenças ambientais para ampliação industrial em Carlos Barbosa e para construção de oceanário em Gramado
Meio Ambiente Dibea Estadual apresenta iniciativas do Governo de Santa Catarina em bem-estar animal em evento nacional de políticas públicas para o segmento Mín. 17° Máx. 28°