Pesquisadores de São Paulo e Ceará, em parceria com a Universidade de Hong Kong, identificaram um novo coronavírus em morcegos no Nordeste do Brasil. A descoberta levanta questões sobre a possibilidade de transmissão para humanos e reforça a importância do monitoramento de vírus em animais silvestres.
O estudo, publicado no Journal of Medical Virology, aponta que o vírus recém-identificado tem forte semelhança com o causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), registrada pela primeira vez em 2012 na Arábia Saudita. Na época, o surto resultou em mais de 800 mortes em 27 países.
Os cientistas analisaram amostras de cinco morcegos pertencentes a duas espécies diferentes (Molossus molossus e Artibeus lituratus), encontrando sete tipos distintos de coronavírus. Agora, o próximo passo da pesquisa é avaliar se a proteína presente no vírus tem potencial para se ligar às células humanas, o que poderia indicar um risco de transmissão. Esses testes serão conduzidos na Universidade de Hong Kong ainda este ano.
A descoberta ressalta a importância da vigilância científica sobre vírus emergentes e seu impacto na saúde pública.
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