O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou, nesta quarta-feira (6), o "Dia D de Busca Ativa de casos suspeitos de Sarampo, Rubéola e Paralisia Flácida". A estratégia integra mobilização nacional para identificar os casos suspeitos, seja de pessoas que não acessaram o serviço, ou que por algum motivo não foi detectado pela vigilância.
A busca ativa acontece de duas formas: retrospectiva e prospectiva. A retrospectiva foi executada no período de 6 de outubro a 6 de novembro e consiste na análise dos prontuários dos equipamentos de saúde e é feita pelo corpo técnico desses serviços, sejam eles municipal, estadual ou particular.
No caso da busca ativa prospectiva, ela também acontece nos equipamentos de saúde, porém no período de 7 a 17 de novembro. Nesta etapa, será feita vigilância epidemiológica com o objetivo de identificar de sinais e sintomas, incluindo as comunidades, escolas e creches.
"O Dia D é uma operacionalização que deve ocorrer em todas as unidades básicas de saúde do estado, nos hospitais, públicos ou privados, e também nos serviços comunitários, tais como creche, escola ou instituição de longa permanência", pontuou a técnica da Vigilância das Doenças Transmissíveis da SES, Rosany Leandra Carvalho dos Santos.
Ao identificar um caso suspeito para alguma das doenças referentes ao Dia D, o profissional de saúde deverá informar a Secretaria de Saúde do município para que a vigilância tome as providências, com notificação compulsória e em seguida dado início ao processo de investigação para poder confirmar o diagnóstico e estratégia de enfrentamento se confirmado.
"A busca ativa é uma ação que foi estabelecida desde a Organização Pan-Americana de Saúde e pelo Ministério da Saúde em conjunto com os estados. Estamos com 35 anos de erradicação da poliomielite no Brasil, destes, há 30 anos a doença segue erradicada nas Américas. No Maranhão a gente conseguiu esse aniversário de 35 anos e precisamos manter esse cenário. O único meio de conseguir controle, por serem doenças virais, é através da vacina", afirmou a responsável técnica pela Vigilância Epidemiológica da Doença Exantemática da SES, Maria Oneide Almeida Lima Pinheiro.
Em 2024, segundo informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), o Maranhão está abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de 95% da cobertura vacinal com a vacina tríplice viral (SCR), imunizante que proteger crianças de 1 ano de idade contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.
De janeiro a setembro deste ano, 79,55% do público alvo recebeu a primeira dose (D1) da vacina, enquanto que 53,50% a segunda dose (D2). No ano passado, o percentual de D1 para Tríplice Viral foi de 82,03% e de 60,47% para D2. Em 2022, o cenário foi semelhante, com 7,18% para D1 e apenas 46,94% para D2 do imunizante.
Nesta quarta-feira (6), uma equipe técnica da SES esteve no Hospital Geral da Vila Luizão e na Policlínica Vila Luizão realizando os dois tipos de busca ativa. Na ocasião, foi destacado também a importância da regularização do esquema vacinal, principal medida de proteção contra Sarampo, Rubéola e Paralisia Flácida.
"Acho que é de extrema importância. Vacinar é uma forma também de se proteger, se prevenir. Eu acho que é bom a gente olhar pela nossa saúde e principalmente das outras pessoas", disse Suellen Santana de Jesus, de 25 anos.
Acompanhando a ação, o diretor administrativo da Policlínica da Vila Luizão, João Victor Rodrigues, reforçou a necessidade do diálogo com a população para continuar avançando na garantia de proteção à saúde. "Fazemos trabalhos muito pontuais, de conscientização com as pessoas que vêm à unidade. Buscamos manter esse contato com a comunidade para mostrar que a nossa sala de imunização tem vacina disponível".
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