Francisco Ari do Nascimento, 64, foi encontrado morto dentro de sua casa em Jandira. À polícia, a idosa enteada confessou o crime e disse que esfaqueou o padrasto para se defender de uma tentativa de abuso sexual, mas a família contesta a versão.
Ari, como era conhecido de todos, trabalhava como segurança particular e tinha horários alternados, mas costumava chamar os filhos para o café da manhã todos os dias. Ao perceber o desaparecimento do idoso, familiares ligaram para a Guarda Civil Municipal (GCM) de Jandira, que teve permissão para pular da janela da casa onde Ari morava sozinho e o encontrou morto. Ele estava com a boca amarrada.
Segundo reportagem do programa “Cidade Alerta” da TV Record, o idoso era viúvo há dois anos, mas não morava sozinho. Teria se apaixonado pela enteada Letícia dos Santos Santana, de 35 anos, com quem teria uma relação secreta.
Ao saber do assassinato, familiares apontaram a enteada como principal suspeita. Na delegacia, ela confessou o crime e justificou o assassinato de Ari a golpes de faca para se defender de uma tentativa de abuso sexual, mas os filhos da vítima contestam a versão.
Antes de morrer, Ari chegou a colocar uma foto com a mãe de Letícia no perfil de um aplicativo de mensagens e a enteada não teria gostado. Parentes afirmam que o ciúme foi a motivação do crime. “Ele apoiou a pessoa, criou a pessoa para ela vir e fazer tudo isso”, disse um parente da vítima no relatório. “Ela cobriu a boca dele porque acho que ele ia gritar, sabe? Queremos justiça. Me preocupei muito com meu pai e agora ele está morto ”, lamentou a filha de Ari.
O caso foi registrado na DP de Jandira. A polícia apresentou a confissão de Letícia ao Ministério Público e pediu prisão temporária, mas o pedido foi negado pela Justiça e Letícia pôde responder o crime em liberdade por ter residência fixa.
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