Parece exagero e alarmismo, porém a informação tem fundamento científico - e não é de hoje. Uma supertempestade solar (formada por jatos de plasma) pode atingir seu ápice colapsando a internet do planeta. O que seria um verdadeiro “apocalipse” já que a humanidade em sua esmagadora maioria depende da rede mundial desde ações mais básicas como acessar uma rede social, até controlar bancos de dados bilionários de instituições financeiras. Seria de fato um caos sem precedentes na história humana. Esses jatos de plasma emitidos pelo Sol (CMEs) podem vir em direção à Terra.
Em junho deste ano, o jornal britânico Mirror noticiou que um apagão da internet poderia ser causado pelo Sol. Já em 2021 a pesquisadora Sangeetha Abdu Jyothi (Universidade da Califórnia, Estados Unidos) preveu que cabos submarinos de fibra ótica estariam vulneráveis a um evento de ejeção de massa colonial (CME) de grande porte. Em letras miúdas: uma supertempestade solar.
Na última segunda-feira (27), um filamento magnético do Sol entrou em erupção. Uma CME foi lançada em direção à Terra. Outros eventos solares arremessaram mais jatos em nossa direção. Segundo a Space Weather, uma respeitada plataforma de meteorologia e climatologia espacial, as CMEs podem chegar no planeta entre as próximas quinta (30) e sexta-feira (1º), causando tempestades geomagnéticas moderadas.
O maior caso de tempestade solar da história ocorreu em 1859: o Evento Carrington. Uma terrível tempestade geomagnética que gerou auroras boreais vistas por quase todo o planeta, até mesmo em regiões tropicais, como no Hawaii e no Caribe. Os poucos sistemas elétricos entraram em pane, postes soltaram faíscas, telégrafos enlouqueceram na Europa e na América do Norte, telegrafistas tomaram choques e aparelhos começaram a funcionar mesmo desligados. Assustador, não?
Jatos de plasma do Sol, ou ventos solares, são fluxos constantes disparados no universo. Os plasmas possuem partículas altamente energéticas, são excelentes condutores de eletricidade, e muitos deles emitem luz visível como as lâmpadas fluorescentes e de néon. As estrelas são essencialmente bolas de plasma. Que a natureza grita já sabemos, agora precisamos mais do que nunca olhar para cima - o universo também está gritando.
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